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5 diferenças entre aceleradoras, incubadoras, investidores e venture builders

As venture builders (VB) são também conhecidas por diversos outros nomes, como Startup Studio, Company Builders e Startup Factories. A primeira empresa a adotar uma prática que poderia ser descrita como VB foi a norte-americana Idealab, fundada por Bill Gross em 1996. A partir de então, centenas de “studios” foram criados.


O nascimento do conceito pode ser considerado anterior ao de aceleradoras mas, ao longo do tempo, também muito influenciada por elas. Da mesma forma, o modelo original e mais antigo, o das incubadoras, também pode ser reconhecido em ambas aceleradoras e venture builders. Ainda há uma grande diferença entre o que as pessoas entendem sobre VBs e muitos atuam sob o conceito porém ainda muito próximos de ser uma aceleradora ou fundo de investimentos, por exemplo.


Para entender melhor como funciona uma venture builder, é uma boa ideia fazer uma comparação com outros modelos mais conhecidos. Desta forma, empreendedores e investidores podem conhecer as principais diferenças e tomar melhores decisões. É importante pontuar que não se trata de dizer que um modelo é completamente superior ao outro. Não existe uma só forma de inovar e impactar o mercado e também não existe somente uma forma de investir ou empreender.


Mas, antes, algo que parece ser uma semelhança entre todos esses modelos. Aqui no CAOS Focado damos vital importância à pessoa do(a) fundador(a) e ao time que vai construir o negócio. Isso parece ser quase uma unanimidade entre todos aqueles que trabalham no ecossistema empreendedor: sem grandes fundadores e grandes times não se constrói um negócio. Vamos às principais diferenças.


1. Envolvimento na operação


Nas VB, em geral, há um grande envolvimento junto ao(s) fundador(es) na operação do negócio. Chamamos isso de capital suor, ou seja, o investimento de conhecimento e trabalho direto. Isso muitas vezes faz toda a diferença, principalmente em estágios iniciais. A visão da VB deve ser a de responsabilidade direta pela startup que está construindo, muitas vezes ajudando a tomar as decisões mais difíceis da empresa. Já em aceleradoras, há muita capacitação e networking, mas o envolvimento na operação é muito distante. O mesmo acontece com investidores em estágio inicial, como Anjos. Nas estruturas de incubadoras há muitas vezes atividades de comunidade, mas não há atuação individualizada na operação das startups.


2. Apoio com estrutura, conhecimento e expertise


A lógica de VB é a de uma máquina de construir startups. Experiência aplicada, conhecimento e apoio estrutural são muito importantes no modelo. Nas builders, o negócio “é da casa” e a casa é todos os negócios, por isso em muitas delas há serviços compartilhados e o uso do conhecimento adquirido em uma venture é também usado na construção de outras.


As incubadoras, na maioria das vezes, oferecem estrutura física, redes de relacionamento e alguma capacitação mas não de forma intensiva. Já as aceleradoras buscam uma capacitação intensiva, porém, em sua maior parte, não individualizada porque que trabalha com “turmas” de startups. Assim como os investidores, o relacionamento é mais pontual com cada startup e muitas vezes no formato de mentoria.


3. Tamanho do portfólio


Com envolvimento muito próximo das startups, as VBs costumam ter um portfólio menor de empresas ao mesmo tempo. Desta forma, é capaz de acompanhar e aplicar sua expertise de maneira mais intensa e responder aos desafios emergentes de cada uma delas.

No caso de aceleradoras e investidores, o portfólio, em geral, é bem maior e muitas vezes mais diversificado. As incubadoras, apesar de não ter uma visão “de portfólio”, ou seja, de risco compartilhado entre as startups que estão dentro de seu modelo, também se relacionam com dezenas de empresas de uma vez.


4. Investimento financeiro e equity share


O investimento financeiro nas VBs em geral é semelhante aos de aceleradoras e investidores. Muitas VBs fazem investimentos menores que os outros dois modelos, porém equilibrados com o capital suor e atrelados a decisões de resultados operacionais. A ideia é que o dinheiro investido é o necessário para aquele momento da empresa – e só entende o momento quem está muito próximo da construção da empresa. Nas VBs, o equity share é majoritário na maioria das vezes porque há muito investimento na operação e o risco é maior.


As aceleradoras e investidores buscam menos equity share mas se envolvem muito menos com cada startup. Seu investimento é feito em menos parcelas de maior valor. Nas incubadoras, é muito raro haver investimento e aquisição de parte societárias nas startups.


5. Ponto de partida


As maioria das VBs constrói startups do zero e as leva até o ponto onde há uma saída estratégica por compra ou investimentos maiores. No caso do CAOS Focado, somos especialistas no zero stage tecnológico, ou seja, construímos startups de tecnologia de fronteira do zero até a maturidade.


No caso das aceleradoras e investidores anjo, muitos preferem startups com algum tempo de estrada e um time razoavelmente experiente. As incubadoras, em geral, são organizações ligadas à universidades ou centros de tecnologia e costumam abrigar projetos iniciantes, porém são, de certa forma, indiferentes à maturidade do negócio.


As venture builders trazem em sua lógica de redução de risco o portfólio menor, a tomada de decisões instanciadas, o compartilhamento de recursos, a redução da curva de aprendizado e o investimento de trabalho especializado para ampliar a taxa de sucesso de suas ventures. Aqui no CAOS, acreditamos no empreendedor tecnológico e no impacto positivo que uma visão empreendedora pode ter na sociedade. Saiba mais sobre nossas ventures e leia nosso manifesto.


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Rodrigo Franco, Design & Product Lead da venture builder CAOS Focado. É designer, comunicador, empresário, professor e generalista criativo. Foi coordenador de aceleração do programa AWC, colabora com startups, projetos e iniciativas de alta tecnologia à economia criativa. Atua como facilitador nas áreas de inteligência coletiva, inovação, aprendizado e processos criativos.

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